terça-feira, abril 03, 2007

Cicatrizes

Hoje dei por mim a pensar que está a fazer um ano que comecei a namorar com o «falecido». É incrível como o tempo passa sem darmos conta. De repente, olho para trás e penso que passaram já 11 meses… O engraçado de tudo isto é que, há bem pouco tempo, andava angustiada com a possibilidade de não o ver mais, pensava até em tentar falar com ele e lutar por aquilo que julgava ainda sentir.
Hoje, de cabeça fria, reparo que afinal as feridas já cicatrizaram… Aquilo que senti por ele foi-se apagando aos poucos sem que eu tivesse dado conta. Percebo que restam apenas as cinzas de um passado, que admito, quero esquecer.
Como digo muitas vezes às pessoas que viveram comigo toda a minha relação e que me ajudaram a superar o fim dela: «O que vivi não valeu a pena porque a dor e o sofrimento que vieram depois são o que mais recordo». Não nego que o coração ainda abate de forma diferente se o vir, mas a verdade é que deixei de sentir saudades, de querer ver as fotos, de precisar recordar as datas, os beijos, os olhares, os abraços… Acho que começo a ficar livre. Porque as feridas começaram a cicatrizar…
Fica a confirmação de um frase feita, que ouvi muito quando as lágrimas tomavam conta do meu rosto cada vez que questionava o fim da nossa relação: «Não há nada que o tempo não cure».

2 comentários:

Ana disse...

E é verdade: não há nada que o tempo não cure... é preciso mesmo é dar tempo ao tempo e esperar pelo "tempo das coisas".
Não adianta querer antecipar este "tempo das coisas", querer esquecer á força, partir para outra... isso nunca dá bom resultado. Não faz mal chorar, sofrer, viver os tais momentos de tristez e saudade, porque eles são a "ponte" para o virar da página.
Só quando sentimos que não nos pode magoar mais,só quando olhamos e percebemos que já ficou para trás, é que nos sentimos realmente livres... seja para o que tiver de ser.

Beijinhos,

Anokas

Rita disse...

andreia, es a maior ; ))))))))))))) beijo enormeeeeeeeeeee