sexta-feira, setembro 15, 2006

Quando a esmola é demais…

Caminho para mais um fim-de-semana, mas felizmente estou de folga. Um dos muitos lados maus da minha profissão é esta questão da falta de vida própria. É terrível! Imaginem de repente planearem a vossa vida mediante um calendário. Tipo: hoje posso, amanhã não dá jeito porque saio mais tarde, para a semana não dá… Enfim… Cheguei mesmo a ter alguns problemas com alguns (poucos) namorados que não entendiam muito bem esta questão de nunca ter hora de saída. Não foi o caso do último. O «falecido», termo carinhoso pelo qual o trato depois da separação, entendia tudo! Era incrível. Nos primeiros dias de namoro, eu cheguei a beliscar-me porque pensei sempre: «Hello???? Isto não existe!» Era compreensivo, dedicado, meigo, surpreendente, carinhoso, atencioso, preocupado, bem e tudo o mais que possam imaginar. Do género de me preparar alguma coisa para comer, de fazer declarações de amor, e tantas outras coisas que prefiro esquecer.
Lógico que eu já tenho idade suficiente para perceber que de facto no Século XXI não há gajos assim. E confesso que, sem saber muito bem como, senti alguma coisa. Como que um sinal amarelo de: «Vai com cuidado». E eu até ia… não fosse o parvalhão insistir em namorar, casar e ter muitos filhinhos. Claro que a «pica» durou pouco e o namoro muito menos. Ah! E Adivinhem lá qual foi a desculpa para o fim? Isso mesmo! «Preciso de tempo. Estou confuso, não sei o que sinto». Será possível? Homens, supostamente, maduros envolverem-se e, de repente, acordam num dia e já não sentem o mesmo?

Sem comentários: